Os materiais não estruturados (cones, carretéis, madeiras, caixas, conduítes, tecidos, mangueiras, pneus, elementos da natureza, entre outros), são inseridos na rotina escolar a fim de potencializar as experiências das crianças durante seu processo criativo.
Renata Meirelles, do Território do Brincar, aprofundou a questão dos brinquedos não estruturados em sua pesquisa de mais de uma década com a infância no Brasil. Ela conta que percebeu que esses materiais trazem uma reflexão maior, a criança cria muito mais, brinca muito mais e imagina situações que não experimentaria com outros materiais.
Assim, o tempo da criança com os brinquedos não estruturados é outro: ele é mais complexo porque primeiro vem a pesquisa, as descobertas, a apropriação das narrativas do material e, por fim o planejamento e a execução da brincadeira.
Quando brinca, a criança tem o poder de tomar decisões, expressar sentimentos, interagir consigo e com o outro e introduzir-se no mundo imaginário.
Por Luciana Moura - Diretora na Galileo Kids