Natal, férias, idas ao shopping, mais tempo vendo televisão e consequentemente as provocações para o consumo tornam-se maiores e apesar de existir uma resolução (resolução 163/2014) que torna ilegal o direcionamento de qualquer tipo de publicidade para crianças, nossas crianças são bombardeadas o tempo todo com chamativas propagandas dando a ilusão de que obtendo aquele objeto a criança poderá ser mais feliz, criativa e popular e os pais por outro lado no intuito de agradar o filho ou até suprir uma culpa pelas horas que ficam longe cedem aos desejos da criança, e assim que acaba de ganhar seu objeto de desejo tão logo já começa pensar no que vai querer comprar depois.
Pesquisas do Instituto Alana, organização não-governamental que atua no desenvolvimento de ações e pesquisas de conscientização sobre as condições de vida das crianças, apontam graves conseqüências para esse consumismo infantil exagerado são eles: Obesidade infantil, erotização precoce, estresse familiar, banalização da agressividade e violência entre outras.
Nossas crianças estão cada vez mais ansiosas e frustradas, porque quando seu imediatismo não é atendido, isso traz tanto sofrimento e causa uma ansiedade tão grande ao ponto que a criança pode querer evitar certos compromissos familiares ou eventos por sentirem-se em desvantagem com outras pessoas já que não possuem determinado objeto que imaginam ser imprescindível.
É importante ter em mente que é fato que não conseguiremos controlar sempre que publicidades poderão atingir nossos filhos, mas, é dever nosso como pais estabelecer limites para o contato da criança com o consumo. Segurança e firmeza ao dizer não, entender que frustrações fazem parte da vida e nossos filhos passarão por isso sim! Já é um grande começo para apoiarmos nossos filhos a praticarem o consumo de forma consciente.
Cristiane Marino - Coordenadora na Galileo Kids
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