O desenvolvimento infantil é um processo dinâmico, pois as crianças não são seres passivos, meros receptores das informações que estão à sua volta. Através do contato com seu próprio corpo, com o meio ambiente, bem como através da interação com outras crianças e adultos, desenvolvem a capacidade afetiva, a sensibilidade, a autoestima, o raciocínio, o pensamento e a linguagem. Nesse sentido o desenvolvimento infantil deve ser pensado contemplando os aspectos afetivos, motores e cognitivos, visto que aquilo que é conquistado em um dos aspectos interfere nos demais.
O aprendizado da criança está relacionado com as experiências oferecidas pelo meio e pelo grau de apropriação que a criança faz delas. Mas para que essas experiências sejam válidas, alguns elementos devem ser considerados como: a emoção, a motivação, a atenção, entre outros. Por isso a importância da estimulação. O estímulo tem como função desenvolver as potencialidades afetivas, cognitivas e motoras da criança.
Quando a criança é adequadamente estimulada terá mais capacidade de aprendizagem e facilidade em adaptar-se ao seu meio e de relacionar-se com outras pessoas. A criança bem estimulada na primeira infância torna-se mais preparada para a vida, o estímulo aumenta a capacidade de amar a si mesma e ao próximo, facilita a execução da formação de critérios e de tomar decisões de forma segura.
Para que as crianças se desenvolvam felizes são necessários estímulos divertidos e criativos. O estímulo é realizado através do brinquedo, das brincadeiras, de jogos, de livros, de exercícios e várias outras técnicas beneficiando o potencial cerebral da criança, desenvolvendo assim seu lado físico, emocional e intelectual.
Nessa perspectiva a escola deve ser um espaço que estimule, motive e não somente que se ocupe em transmitir conteúdos. Para que isso ocorra, o professor mediador precisa propor atividades que as crianças tenham condições de realizar e que despertem a curiosidade delas, é necessário levá-los a enfrentar desafios, a fazer perguntas e procurar respostas.
De acordo com estudos da Neurociência, “o desenvolvimento do cérebro decorre da integração entre o corpo e o meio social. O educador precisa potencializar essa interação por parte das crianças” (WALLON apud GALVÃO,1995). As evidências neurocientíficas já tem mostrado que há uma correlação entre um ambiente rico (estimulante) e o aumento das sinapses (conexões entre as células cerebrais). Ou seja, quanto maior os estímulos do ambiente que a criança está inserida, maior a contribuição com o desenvolvimento infantil.
Luciana Moura – Diretora da Galileo Kids
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